Bastard Left Hand
Que gosta de apanhar
Vitima que se vitimiza
Pobre cativa, chorosa
Filha dos antros da tortura
Enquanto a nobre mão direita
Barbariza, sacrifica
Estraçalha as almas e os corpos
De pessoas pobres indefesas
Bastard Left Hand
Suplica medrosa, lamurienta
Satiriza, canta, faz poesia nos salões
Para nada mais precisar fazer
Numa falsa invenção de Ghandi
Enquanto o planeta agoniza
E a mão direita age sem limites
Arrombando portas
Impune, filha da caserna
Ri às gargalhadas
Veste toga e se sacraliza
Lava as cabeças das jovens gerações
Bastard Left Hand
Vocifera, grita palavras de ordem, flagela-se
Pretende uma paz que inexiste
Tenta a trégua
No meio da batalha
Inerte, bêbada, sem torque
Onde estão nossos irmãos ?
A velha geração guerreira definha
Seus espíritos vagueiam nos Campos Elísios
Maringhela, Lamarca, Prestes,
Arraes, Julião,
Deram tudo pela nação
Bastard Left Hand
Empunha de novo a foice e o martelo
Levanta as barricadas
Desfralda novamente a bandeira vermelha