quinta-feira, 11 de julho de 2013

Bastard Left Hand







Bastard Left Hand


Que gosta de apanhar 

Vitima que se vitimiza 

Pobre cativa, chorosa 

Filha dos antros da tortura 

Enquanto a nobre mão direita 

Barbariza, sacrifica 

Estraçalha as almas e os corpos 

De pessoas pobres indefesas 

Bastard Left Hand 

Suplica medrosa, lamurienta 

Satiriza, canta, faz poesia nos salões 

Para nada mais precisar fazer 

Numa falsa invenção de Ghandi 

Enquanto o planeta agoniza 

E a mão direita age sem limites 

Arrombando portas 

Impune, filha da caserna 

Ri às gargalhadas 

Veste toga e se sacraliza 

Lava as cabeças das jovens gerações 

Bastard Left Hand 

Vocifera, grita palavras de ordem, flagela-se 

Pretende uma paz que inexiste 

Tenta a trégua 

No meio da batalha 

Inerte, bêbada, sem torque 

Onde estão nossos irmãos ? 

A velha geração guerreira definha 

Seus espíritos vagueiam nos Campos Elísios 

Maringhela, Lamarca, Prestes, 

Arraes, Julião, 

Deram tudo pela nação 

Bastard Left Hand 

Empunha de novo a foice e o martelo 

Levanta as barricadas 

Desfralda novamente a bandeira vermelha 


Às ruas cidadãos !